domingo, 20 de dezembro de 2009

Lançar-se nas mãos de Deus



Lançar-se nas mãos de Deus, só é realidade se estivermos dispostos a amar com verdadeira alegria e liberdade. Tolerar com humildade as adversidades, fraternos de coração, mas isso não pode ser somente um mero desejo, é necessário exercitar-se no amor, ama quem é livre; quem conhece e busca verdadeiramente um encontro com Deus.
Veremos neste trecho de 1Pedro, 3,8-12 o compromisso que devemos ter.

Amor mútuo 3,8-12

Finalmente, sede todos unânimes, compassivos, fraternais, tolerantes humildes.
Não pagueis o mal com  mal, nem injúria com injúria;
Pelo contrário, bendizei, pois para isto fostes chamados: para serdes herdeiros da benção,
Pois quem quer amar a vida
E deseja ver dias felizes,
Refreie sua língua do mal
Seus lábios de proferir falsidade.
Aparte-se do mal e pratique o bem,
Busque a paz e a anele,
Porque o olhar do Senhor se volta para os justos,
E seu ouvido, para a suplica deles.
O rosto do Senhor, porém, ameaça os malfeitores.

A palavra ‘finalmente’ indica que o autor está chegando ao fim de uma série de exortações. Primeiro são enumeradas as qualidades necessárias para a vida dentro de uma comunidade. Os membros devem ser unânimes. Em todos os setores da vida e do pensamento, devem estar prontos às renuncias necessárias para o bem comum da Comunidade.
A comunidade é chamada a um grande ideal: não atrito, mas compreensão e amor mútuo. Em especial, os cristãos são chamados a não desanimar com as suspeitas e a hostilidade dos vizinhos. Devem suportar insultos e injúrias e dar a benção em troca. Além do mais, os cristãos são novamente chamados a uma excelência digna de sua vocação cristã. Como diz o salmista: ’Guarda a tua língua do mal e teus lábios das maledicências. Evita o mal, faze o bem, procura a paz...
O salmo é usado com uma compreensão mais profunda, cristã. Originariamente era uma regra sapiencial, mostrando o caminho para uma vida feliz aqui na terra, na base da convicção de que Deus está ao lado dos bons. A interpretação cristã vai muito mais longe. Fala da plenitude da vida escatológica que espera aqueles que fazem o bem. P.André L. Simões


Nenhum comentário:

Postar um comentário